No terceiro dia do encontro Dom Edgar da Cunha Bispo Auxiliar de Newark, NJ, membro da Comissão de Diversidade e Cultura junto a Conferência Nacional dos Bispos Norte Americanos (USCCB), explicou como a comissão atua dentro da própria Conferência e relatou que recentemente houve uma reestruturação, resultando na criação de algumas subcomissões e a extinção de outras. Fruto desta mudança, a Pastoral Brasileira foi descolada para um subgrupo denonminado (PCMRT) Pastoral Care of Migrants, Refugees and Travelers. Após uma reflexão entre as diferentes regiões do Apostolado Brasileiro na América, foi manifestada o desejo que a Pastoral Brasileira seja adicionada ao grupo onde se encontra a Pastoral Hispana-latina. Segundo o próprio Bispo Dom Edgar, isso facilitaria o contato junto ao Episcopado Americano.
Dom Edgar da Cunha - Bispo Auxiliar de Newark-NJ
Em um segundo momento, foi posto em prática a necessidade de estruturar a Pastoral Brasileira tornando-a uma Comissão Nacional. Essa comissão a príncipio seria formada pelos atuais coordenadores regionais, o consultor junto ao Episcopado Americano (Pe. Clemente Krug) e o Bispo Dom Edgar da Cunha. Neste mesmo sentido, foi sugerido entre os participantes que a Comissão Nacional seguisse o formato de uma organização não governamental, para facilitar a sua funcionalidade jurídica.
Representantes da Região Central
Dom Alessandro Ruffinoni falou do trabalho realizado pela Pastoral dos Brasileiros no Exterior. Ele disse da dificuldade de comunicação que há entre a Igreja do Brasil e os sacerdotes brasileiros que já estão trabalhando com os imigrantes foram do Brasil. Após ter assumido este trabalho, Dom Ruffinoni tem tido a oportunidade de visitar os brasileiros espalhados pelos quatros cantos do continente, e vivenciado as diferentes realidades dos sacerdotes nos seus desafios em desenvolver um trabalho pastoral/missionário.
Dom Alessandro Ruffinoni
Dom Alessandro reconhece que a própria CNBB necessita dá mais suporte ao trabalho desempenhado pela PBE (Pastoral dos Brasileiros no Exterior). Ele também salientou que a participação da Igreja Americana (Bispos) no que diz respeito ao pedido de envios de sacerdotes brasileiros, é fundamental para agilizar os processos legais.
Sr. Jairo Martinez
Sr. Jairo Martinez relatou o processo histórico da imigração no estado da Geórgia. Em consequência disto, a mudança nas características originais da igreja local. Segundo o Sr. Martinez a integração imigrante à nova sociedade é um processo complexo e longo, e que o mesmo acontece na vida da Igreja.
Ir. Myrna Tordillo falou do melhoramento da comunicação
e integração das diferentes culturas dentro da Igreja.
O Advogado Charles H. Kuck deu uma visão panorâmica do atual quadro das leis imigratórias americanas. Ele lamentou que mais uma vez o Dream Act não passou no Senado Americano. O Dream Act daria a possibilidade de legalização para os filhos de imigrantes indocumentados que tenha conclúido o ensino superior. Segundo o Dr. Charles, este projeto de lei se arrasta por mais de sete anos no Legislativo e que por motivos tão somente políticos, tem prejudicado grandemente o desenvolvimento do país que estão perdendo futuros bons profissionais por causa deste impasse. O mesmo que se diz a respeito do adiamento de uma ampla reforma imigratória.
Dr. Charles esteve a disposição dos participantes para tirar dúvidas sobre as leis imigratórias e comentar as suas perpectivas pessoais na mudança do atual quadro.
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