segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Imigrantes confundem ação anti-terrorismo com batida de Imigração


Os policiais do MBTA revistam uma em cada seis pessoas que passam pelas estações mais movimentadas de trem. A ação, que faz parte de um pacote preventivo a atos terroristas, visa proteger os passageiros, mas está aterrorizando os imigrantes que confundem os policiais com agentes da Imigração. Foi o que aconteceu com um ouvinte que ligou para o programa Show do Leandrinho, na 1230 AM, no dia 20 de outubro, e afirmou que 'havia uma batida de agentes de Imigração na Sullivan Station’. Em tempo: a linha laranja é uma das mais movimentadas e na Sullivan Station, em Somerville, passam milhares de passageiros imigrantes todos os dias.Para Alex Pirie, do Immigrant Service Providers Group em Somerville, o MBTA falhou na divulgação e “está assustando a comunidade”. Em um encontro com representantes do sistema público de transportes, Pirie sugeriu que o MBTA use a imprensa étnica para esclarecer o procedimento. “Eles disseram que não há relação nenhuma com a polícia de Imigração, então eles precisam trazer essa informação a público”, observa.A ação, herança do governo Mitt Romney, se limita à revista de bolsas e os oficiais não pedem documentos. “Eles disseram que não querem nem saber o nome da pessoa, só revistar”, relata Pirie. Segundo o site do MBTA, as inspeções são feitas com um aparelho em menos de um minuto e as bolsas não precisam ser abertas.

A Corte Federal determinou cinco passos para garantir os direitos constitucionais dos passageiros:
1) As pessoas devem ser informadas sobre a ação

2) A inspeção deve focalizar bagagens grandes o suficiente para carregar explosivos;

3) A inspeção deve ser rápida;

4) A inspeção deve ser feita em público;

5) A seleção das pessoas deve seguir um ciclo pré-determinado.


por Helen Sinzker

Com. Católica de Allston-Brigthon.